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* Capítulo escrito em coautoria com Mônica Kother Macedo e Marta Rezende Cardoso
RESUMO
Este trabalho contempla reflexões sobre o singular tempo pandêmico em que vivemos. Aproximar o tema da pulsão de morte ao contexto da pandemia serviu de inspiração para que, no recurso às noções de silêncio e de ruidoso, discorrêssemos sobre temas que têm se destacado em nossos horizontes teóricos e clínicos. Tomamos como ponto de partida a observação de certa “inversão”, na conhecida descrição do trabalho silencioso operado pela pulsão de morte, na medida em que, no cenário atual, é o ruidoso disruptivo que ganha destaque. A vida está silenciada e o ruidoso, que insiste nas distintas configurações de dor psíquica, parece alterar a “lógica” pulsional dos sons. Assim, tomamos a contraposição existente entre o ruidoso e o silêncio para pensar sobre o ruído dos órgãos na hipocondria, o ruidoso da finitude como experiência do real que incrementa o desalento e incide, sobremaneira, nos estados depressivos. Com relação a esses estados, vamos nos deter especialmente em sua presença expressiva e intensificada, a partir da pandemia, em sujeitos adolescentes.
Abrindo o livro do mundo na pandemia do covid-19. In: Tempo Psicanalítico, vol. 53, n.2, 2021.
RESUMO
Resenha do livro O trauma na pandemia do coronavírus: Suas dimensões políticas, sociais, econômicas, ecológicas, culturais, éticas e científicas de Joel Birman.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 167 páginas, 2020.
RESUMO
No presente trabalho, buscamos apresentar elementos teóricos que nos ajudem a levantar questões sobre a antinomia entre o pensamento do excesso e a razão utilitária. Georges Bataille (1897-1962] é considerado um pensador do excesso, pois foi um dos poucos que conseguiram trazer, para o campo da filosofia, noções que a obrigaram a exceder os próprios limites conceituais, tais como o erotismo, o excesso, o êxtase, o misticismo, o sagrado, a violência, a dor e a morte. Trata-se de noções de difícil formulação conceitual, já que deslizam para as bordas da própria “pensabilidade”.
* Capítulo escrito em coautoria com Fernanda Canavêz, Regina Herzog e Simone Perelson
RESUMO
Este capítulo se insere em um projeto mais amplo de analise da problemática da guerra na contemporaneidade. O foco aqui será a articulação dos temas da guerra e do corpo e, mais particularmente, da questão dos corpos desaparecidos. Para tal, partiremos da abordagem de dois momentos traumáticos na história de nosso país: aquele da ditadura militar, que se estendeu de 1964 a 1985, e o do cenário atual, que será ilustrado com o caso do desaparecimento, em 2013, do corpo de um ajudante de pedreiro, Amarildo, fato que provocou uma verdadeira comoção nacional. A perspectiva que apresentamos aqui, portanto, não é apenas aquela dos inúmeros corpos de pessoas que morrem em guerras de modo geral, mas dos corpos desaparecidos às escondidas, corpos que somem e nunca mais são vistos, corpos que não são entregues às famílias para que possam experienciar a perda e realizar o luto. Como entender, à luz da psicanálise, a demanda por esses corpos? De que forma luto e resistência se articulam no pedido para ver corpos que se apresentam justamente em sua ausência?
RESUMO
Resenha do livro O sujeito na contemporaneidade, de Joel Birman. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, 159 p.
A psicanálise face ao hedonismo contemporâneo. In: Revista Subjetividades, vol.9, n.4, 2009.
RESUMO
O artigo pretende fazer uma análise do lugar que a contemporaneidade oferece ao sofrimento psíquico, a partir da figura do hedonismo, avaliando o lugar da psicanálise diante do panorama social da atualidade. Observa-se hoje uma mudança nas formas de subjetivar-se, principalmente no modo que o sujeito relaciona-se com a dor como algo a ser evitado. Pode-se fazer uma relação direta do hedonismo com o individualismo, na medida em que o primeiro se associa à sociedade de consumo. É nosso dever sermos felizes e a felicidade implica o consumo. Dentro dessa perspectiva, apresenta-se uma genealogia do individualismo. Do individualismo possessivo de Hobbes, no século dezesseis, ao utilitarismo de Bentham, no século dezenove, demonstra-se que há uma linhagem histórica para a compreensão do hedonismo contemporâneo.
A dimensão do excesso no sofrimento contemporâneo. In: Revista Pulsional, vol.21, n.3, 2008.
RESUMO
A partir das proposições de Alain Ehrenberg sobre a atualidade, o artigo discute modelos teóricos para a análise do sofrimento contemporâneo, confrontando o
modelo janetiano da insuficiência e o freudiano do conflito. Nossa proposta é contrapor a dimensão do excesso em Freud à de insuficiência. Em vista disso, desenvolvemos a noção de neurose atual associada ao predomínio da dimensão corporal na sintomatologia da clínica psicanalítica atual, e a noção de neurose de destino que, articulada à pulsão de morte, apresenta um movimento paradoxal de descarga e excesso.
RESUMO
O artigo apresenta alguns pressupostos teóricos que vêm balizando várias pesquisas sobre os modos do sofrimento contemporâneo. Entre os diagnósticos sobre a atualidade, destaca-se a idéia de que a subjetividade é atravessada, a um só tempo, por dois movimentos subjetivos, a princípio, antagônicos: a ordem do excesso e a dimensão do vazio.
RESUMO
Em face da modificação da relação com a dor no mundo contemporâneo, este artigo propõe indagar sobre o lugar oferecido ao sofrimento nas mudanças ocorridas na produção da subjetividade e sobre o papel da psicanálise nesse novo contexto. Essas mudanças serão analisadas segundo as seguintes características: hedonismo, individualismo, consumo, sofrimento, solidão, violência e desamparo.