DOR


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A dor que nos acossa (Prefácio)In: No limiar: a dor (Clarice Medeiros). Curitiba: Appris, 2020.


A dor do luto: perspectivas psicanalíticas. In: Trivium [online]. vol.11, n.2, p.222-234, 2019.

* Artigo escrito em coautoria com Clarice Medeiros

RESUMO

Neste artigo, examinamos o luto e, especificamente, sua relação com a dor. O luto é uma reação afetiva diante da perda do objeto amado e a sua elaboração requer a constatação de que dito objeto não existe mais, exigindo que toda a libido seja retirada das ligações com ele. A contrapartida disso é a tentativa psíquica de prolongar a existência do objeto perdido por meio do hiperinvestimento. Pensamos no caráter penoso e dolorido do luto como decorrente desta dupla via: a ruptura das associações referentes ao objeto perdido, cujo efeito contrário é o alto investimento libidinal na representação do objeto.


Dor crônica: signo do excesso pulsional. In: A face crônica da dor (Org. Vera Lopes Besset & Susane Vasconcelos Zanotti). Maceió: EDUFAL, pp.293-318, 2017.

* Capítulo escrito em coautoria com Clarice Medeiros

RESUMO

O presente trabalho aborda a investigação psicanalítica sobre a dor física crônica. Nossa proposta foi analisar de que modo essa patologia pode ser compreendida como signo de excesso pulsional e, por isso mesmo, circunscrita ao campo da compulsão à repetição.


A dor crônica entre o silêncio e o gritoIn: Tempo Psicanalítico, Rio de Janeiro, v. 47, n.2, p. 9-28, 2015.

* Artigo escrito em coautoria com Monah Winograd e Clarice Medeiros

RESUMO

O artigo pretende refletir sobre a dor crônica, pensando-a como expressão da pulsão de morte. Se, por um lado, a dor crônica é vista, por sua mudez, como pertencente ao domínio silencioso da pulsão de morte, por outro lado ela provoca ruídos que promovem possibilidades de inscrição psíquica daquilo que da pulsão é excesso sem representação. Por isso, a dor crônica é analisada como um grito, uma tentativa de enunciação possível que irrompe quando a palavra não é possível. A dor crônica como expressão da pulsão de morte é analisada em seus aspectos estruturante e desestruturante, respectivamente, como grito e silêncio, numa tentativa de estabelecer um limite e ao mesmo tempo sinal do rompimento do limite.


A dor forasteira e o belo passageiro: perspectivas nietzschiana e freudianaIn: Psicologia USP, v.26, n.2, p. 279–285, 2015.

RESUMO

O artigo desenvolve a ideia de que a experiência do Belo inclui necessariamente a dimensão da dor, a partir das obras de Freud e de Nietzsche. No primeiro autor, investigam-se a dor da antecipação do luto em face da transitoriedade da beleza, a importância do conceito de sublimação e a análise sobre a experiência perturbadora de Freud diante da estátua de Moisés, de Michelangelo. No segundo, apresentam-se as principais ideias do livro O Nascimento da tragédia para demonstrar como a arte possui o poder de transformar o vazio em vitalidade, pois o sublime desloca a náusea e o horror da existência em representações com as quais é possível viver. Por isso, defende–se que o trágico supõe uma estética próxima do feio e do dissonante, fazendo do Belo uma experiência que inclui as dimensões da dor e do horror.


A dor como sinal da presença do corpoIn: Tempo Psicanalítico, vol.45, n.2, p287-301, 2013.

RESUMO

O artigo desenvolve a hipótese de que, na teoria freudiana, a dor pode ser concebida como um sinal que indica a presença do corpo para o ego. Para demonstrar esta relação, propomos três vias teóricas nas quais as duas noções encontram-se entrelaçadas: na formação do ego na segunda tópica, no quadro clínico da hipocondria e na forma que podemos entender o órgão em psicanálise. Assim, tal associação é considerada importante no que concerne à formação do ego na proposição da segunda tópica porque, nesse contexto, o componente da dor comparece nas elaborações teóricas acerca do ego em sua articulação com a ordem corporal. O segundo assinalamento será feito a partir da hipocondria, articulando-a à compreensão que ela pode trazer para a hipótese proposta. Em terceiro lugar, destaca-se como a conexão entre a dor e o corpo é inerente à especificidade do registro do órgão em psicanálise.